OITO MESES E UNS DIAS
A nossa texuguinha foi à consulta habitual e o diagnóstico foi: está óptima!
Não podemos oferecer muito pão nem bolachas pois ambos engordam. Além disso, quando mostrar que já não quer comer mais não devemos insistir mas a realidade é que isso nunca acontece! Nós é que temos de deixar de dar comida pois a nossa menina é como os peixinhos come, come, come...
Hoje dei-lhe manga na fruta. Como tudo o resto, adorou e comeu até ao fim. De fruta já provou: maçã, pera, melão, meloa, melancia, pêssego, banana, laranja (sumo) e ameixa. As próxima etápas serão: abacaxi/ananás, abacate, romã, morango, damascos e outros que ñão me lembro agora!!!
Cada vez tem mais força nas pernas. Adora estar de pé mas temos de a estar a segurar como é evidente. Ainda assim é muito giro! Já atira beijinhos e cada vez se entretem mais com os brinquedos. Está a ficar uma mulherzinha. A nossa bebezinha, essa já se foi, deu lugar à nossa menina muito fofinha, a nossa princezinha muito mimalhinha (mas a mamã também é por isso... é genético!! :-)).
FEZ-NOS CHORAR...
Fomos passear pelo Gerês. Visitamos lugares com paisagens maravilhosas. Vimos fontes de água pura, tão translucida e fresca que se tornava quase irresistível tocar-lhe. O contraste entre o verde das árvores, o ocre dos montes e o prateado das pedras secas pelo verão são um quadro perfeito. O clima estava convidativo, a companhia era agradável, enfim, foi um dia bem passado!
Até que chegou a hora de regressar, e aí...
Começamos a viagem de volta a casa e a Beatriz começou a choramingar e a espernear no "ovo". Pouco mais à frente parámos e mudei-lhe a fralda, tirei-lhe as sapatilhas e seguimos viagem. Uns metros mais tarde, desatou a chorar de uma forma assustadora. Parámos, saímos do carro para dar uma voltinha com ela e realmente resultou mas ao entrar no carro a choradeira voltava. Já na auto-estrada e sem sítio para parar, dentro do carro estava um clima extremamente tenso. A menina chorava desalmadamente. Tentamos de tudo, tiramos a roupa, mudamos a fralda, demos brinquedos, fizemos "macaquices", dei-lhe peito, até a tiramos do ovo, veio até casa ao meu colo e nada. Sempre a chorar. Estava inconsolável! Eu tentei manter-me calma assim como o meu marido e os meus pais mas era impossível ver a Beatriz naquele estado e manter a calma. Foi a viagem mais longe que alguma vez fiz. Chegar a casa foi um alívio. Parou imediatamente de chorar. Creio que estava aborrecida de estar fechada no carro. Queria sair e por isso desatou a chorar.
Nunca tinha visto a minha filha assim e espero não voltar a ver. Eu fiquei uma pilha de nervos. Felizmente foi um simples aborrecimento e nada mais do que isso mas para susto chegou. Vim o caminho a chorar e a minha mãe também. Foi uma aflição que nem vos digo... Enfim, um dia bem passado que não acabou lá muito bem!
